terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mostre-me o universo... IV

_
O “brete lógico” da panspermia de Hoyle
(e outros)

Seguidamente, nestes últimos anos, encontrei, e diria confrontei, criacionistas que - sabe-se lá como - querem “derrubar” a evolução, e mais ainda, a origem natural da vida pelo uso do conceito de afirmações da hipótese da Panspermia, especialmente, na sua defesa por Hoyle.
Primeiramente, algum texto necessário sobre o tema, para nos situarmos.

panspermia 1-2.JPG




Definição

Traduzamos a Rational Wiki - rationalwiki.org - Panspermia

Panspermia (em grego: pan "todos" e spermia "semente") é a teoria de que a vida, ou as "sementes" da vida, estão todas espalhadas pelo universo e teriam sido transportadas para a Terra, ou como a vida a semear vida. Muitas vezes, a teoria é que o material orgânico rico, a partir de nuvens de poeira ou outros planetas, fez o seu caminho para a Terra através de meteoritos, sobreviveu à entrada e prosperarou na Terra. Às vezes, a teoria refere-se à idéia de que os extraterrestres fizeram isso deliberadamente, isso é semelhante ao exogenesis.[Nota 1]

Como hipótese de que a vida possa ter começado fora da Terra, a panspermia contradiz a abiogênese baseada na Terra, mas não está em conflito com a teoria da evolução, que não diz nada sobre a origem da vida. Apesar disso, alguns membros da comunidade de design inteligente (D.I.) têm tentado usar a hipótese de alguns cientistas, como Francis Crick, como alegação para apoiar D.I.. Dado que o D.I. é (aparentemente) uma tentativa de fornecer uma alternativa para a teoria da evolução, esses créditos podem ser hipócritas.

Panspermia dirigida

Panspermia dirigida é a hipótese de que a vida na Terra pode ter sido deliberadamente iniciada por alguma outra vida extraterrestre e que a vida alienígena pode ter interferido (i.e., dirigido) seu curso ao longo da história. Francis Crick, um dos descobridores da estrutura do DNA, está muitas vezes ligada a essa idéia.[1][2]

Referências
2. Crick, F. H. C., and Orgel, L. E. "Directed Panspermia," Icarus, 19, 341 (1973). - PDF: www.checktheevidence.com



Traduzamos agora o artigo da Wiki en sobre o tema em sua parte sobre o histórico do conceito de panspermia, para verrnos um cenário mais amplo do que seja esta hipótese:

Histórico

A primeira menção conhecida do termo foi nos escritos do século 5 aC, pelo filósofo grego Anaxágoras.[7] Panspermia começou a assumir uma forma mais científica através das propostas de Jöns Jacob Berzelius (1834),[8], Hermann E. Richter (1865), [9] Kelvin (1871),[10] , Hermann von Helmholtz (1879)[11][12] e, finalmente, atingindo o patamar de uma hipótese detalhada através dos esforços do químico sueco Svante Arrhenius (1903).[13]

Sir Fred Hoyle (1915-2001) e Chandra Wickramasinghe (nascido em 1939) foram defensores influentes da panspermia.[14][15] Em 1974 eles propuseram a hipótese de que poeira no espaço interestelar teria sido amplamente orgãnica (contendo moléculas complexas de cadeias de carbono), o que mais tarde provou Wickramasinghe ser.[16][17][18] Hoyle e Wickramasinghe sustentaram ainda que as formas de vida continuam a entrar na atmosfera da Terra, o que pode ser responsável por surtos epidêmicos, novas doenças, e novidades genéticas necessárias para a macroevolução.[19]
Em uma apresentação no dia 7 de abril de 2009, o físico Stephen Hawking declarou sua opinião sobre o que os seres humanos podem encontrar quando se aventurarem no espaço, incluindo a possibilidade de vida extraterrestre através da teoria da panspermia.[20]



A vida poderia se espalhar de planeta para planeta ou do sistema estelar de sistema estelar, realizada em meteoros. - Stephen Hawking, Origens Symposium, 2009.[20]

Referências

7. Margaret O'Leary (2008) Anaxagoras and the Origin of Panspermia Theory, iUniverse publishing Group, # ISBN 978-0-595-49596-2 - bookstore.iuniverse.com
8. Berzelius (1799-1848), J. J. Analysis of the Alais meteorite and implications about life in other worlds.
9. Lynn J. Rothschild and Adrian M. Lister (June 2003). Evolution on Planet Earth - The Impact of the Physical Environment. Academic Press. pp. 109–127. ISBN 978-0-12-598655-7.
10. Thomson (Lord Kelvin), W. (1871). "Inaugural Address to the British Association Edinburgh. "We must regard it as probably to the highest degree that there are countless seed-bearing meteoritic stones moving through space."". Nature 4 (92): 261–278 [262]. Bibcode:1871Natur...4..261..doi:10.1038/004261a0.
11. "The word: Panspermia". New Scientist (2541). 7 March 2006. Retrieved 2013-07-25.
12. "History of Panspermia". Retrieved 2013-07-25.
13. Arrhenius, S., Worlds in the Making: The Evolution of the Universe. New York, Harper & Row, 1908. archive.org
14. Napier, W.M. (2007). "Pollination of exoplanets by nebulae".Int.J.Astrobiol 6 (3): 223–228. Bibcode:2007IJAsB...6..223N.doi:10.1017/S1473550407003710.
15. Line, M.A. (2007). "Panspermia in the context of the timing of the origin of life and microbial phylogeny". Int. J. Astrobiol. 3 6 (3): 249–254. Bibcode:2007IJAsB...6..249L.doi:10.1017/S1473550407003813.
16. Wickramasinghe, D. T.; Allen, D. A. (1980). "The 3.4-µm interstellar absorption feature". Nature 287 (5782): 518.doi:10.1038/287518a0.
17. Allen, D. A.; Wickramasinghe, D. T. (1981). "Diffuse interstellar absorption bands between 2.9 and 4.0 µm". Nature 294 (5838): 239. doi:10.1038/294239a0.
18. Wickramasinghe, D. T.; Allen, D. A. (1983). "Three components of 3?4 ?m absorption bands". Astrophysics and Space Science97 (2): 369. Bibcode:1983Ap&SS..97..369W.doi:10.1007/BF00653492.
19. Fred Hoyle, Chandra Wickramasinghe and John Watson (1986). Viruses from Space and Related Matters. University College Cardiff Press.
20. Weaver, Rheyanne (April 7, 2009). "Ruminations on other worlds". statepress.com. Retrieved 25 July 2013.

Minha argumentação
1) Se na Terra não é possível terem sido compostas as moléculas originais da vida - acima de um determinado nível de complexidade - no espaço também não poderiam.

Expliquemos: Qual é o melhor “reator” para o - já sabemos - enorme conjunto de reações químicas que produz a vida?

Um meio líquido e gasoso de alta densidade, temperatura e pressão ou a raridade de moléculas em pressão baixíssima do espaço?

A pressão só surge - praticamente - com a ação da gravidade.

É mais fácil a formação de moléculas e sistemas mais e mais complexos num “Vênus mais frio”, como a Terra um dia foi, que no espaço sequer interplanetário. Lembremos que defensores da panspermia citam até o espaço interestelar.
2) É claro que um ambiente interplanetário é mais permeado por radiações ionizantes, nem que seja as de ação mínima como é a ultravioleta, que decompõe apenas radicais, extremidades das moléculas, o que permitiria polimerizações, alterações e chegar-se aos aminoácidos (ou qualquer outra molécula relacionada à vida,a princípio).

Mas após a formação, a decomposição segue, pelas mesmas radiações. Aliás, esta é o exato mecanismo da formação de determinadas cadeias, como o propano e variações, no espaço interplanetário, em cometas e em satélites dos gigantes gasosos.

Recomendo:
Polymers in space - www.stc-clips.org

Então a complexidade máxima que pode se obter é mais baixa, e tem-se de dispor de atmosfera, gases que filtrem as radiações, ou pelo nmenos as minimizem, ou campos magnéticos que desviem os ventos estelares. Não nos esqueçamos dos fenõmenos eletrostáticos das atmosferas, os triviais raios, suficientes para certas sínteses, como bem mostrou a experiência de Miller e Urey.

Da mesma maneira, lâminas d’água, ou mesmo hidrocarbonetos, permitiriam uma ainda maior proteção às moléculas e ciclos recém formados, permitindo sua complexação durante uma seleção química.

3) Por outro lado, se no espaço poderiam (e podem) se formar tais moléculas, por qual raios de conjunto de motivos na Terra (ou corpo celeste similar) não o poderiam ocorrer?

4) É um forte impecilho para a panspermia considerando o espaço iterestelar a questão dos tempos de transferência, pelas distãncias interestelares, na escala de anos-luz, e escala das precipitações sobre o planeta, para ter-se a escala da biomassa.

Somente para distâncias estelares pequenas, como é a distãncia de nosso sistema planetário até Alfa-Centauro, de quatro anos luz, as típicas velocidades de escape de corpos produzidos por impactos nestes possíveis mundos, de uns 60 km/s, já daria tempos de viagem de 20 mil anos
[meus cálculos], e ainda teria de se considerar as probabilidades da queda de tal corpo em nosso planeta.

Mas seriam estas poucas moléculas, mesmo num corpo de bom tamanho em viagem interestelar, uma precipitação suficiente?

Mesmo para distâncias interplanetárias, como Marte, tal precipitação seria o suficiente?

E seria Marte ou Vênus mundos hábeis a desenvolver a vida e nossa Terra, com mais massa - leia-se gravidade - mais geologismos - leia-se vulcões, emissões - e finalmente, nossas enormes massas de água não capazes disso?

Notem que não estou afirmando que num passado remoto vida algo similar à terrestre bacteriana não tenha se desenvolvido em Marte, ou Vênus, ou mesmo num hoje sem atmosfera gigantes como satélite como Ganimedes de Júpiter, então com espessa atmosfera similar a Titã de Saturno (uma suposição útil ao meu discurso) e por impacto e transporte nos mais improváveis abrigo e proteção e menos improvável ainda precipitação suave em nossa Terra, mesmo hoje, não tenha ocorrido.

Só me parece muito mais provável que nosso mundo tenha produzido as primeiras formas que hoje - muito modificadas - mandam para estes mundos sondas. Logo, quem produz e aperfeiçoará o  “intermundos” do “John Carter de Marte”, de Edgar Rice Burroughs, seremos nós, e não improváveis fenômenos astrofísicos em detrimento de todas as condições que houveram para a vida na Terra.

Aqui, acrescentaria que Hoyle, ao defender esta “solução lá fora”, como resposta para a “impossibilidade aqui”, cai num erro muito parecido com o que comete na falácia clássica em biopoese e evolução que acabou recebendo seu nome (
Scientia).

Ninguém sério diz que as coisas aconteceram desse modo.

5. Quanto ao uso quase insano deste argumento pelo DI, apenas coloco:

Se foram geradas no espaço, e por uma ação inteligente, quem teria gerado as primeiras moléculas deste atuador inteligente?

Se existe uma sequência anterior de inteligências geradoras, cai-se ionexoravelmente numa “divindade”. Isso eu e muitos outros demonstramos:

Porque o Design Inteligente é um Criacionismo -
Scientia




Extras

Outras afirmações de Hoyle

Hipóteses sobre fontes extraterrestres de doenças


Hoyle e Wickramasinghe especularam que vários surtos de doenças na Terra são de origem extraterrestre, incluindo a pandemia de gripe de 1918 e certos surtos de poliomielite e doença da vaca louca. Para a gripe pandemia de 1918 a hipótese é de que a poeira de cometas trouxe o vírus para a Terra ao mesmo tempo em vários locais - uma visão quase universalmente negada por especialistas sobre esta pandemia. Hoyle também apresentou a hipótese de que a AIDS teria vindo do espaço sideral.[90] Após a morte de Hoyle, The Lancet publicou uma carta ao editor de Wickramasinghe e dois de seus colegas, [91] apresentando a hipótese de que o vírus que causa a síndrome respiratória aguda grave (SARS ) poderia ser extraterrestre na origem e não originado das galinhas. The Lancet publicou posteriormente três respostas a esta carta, mostrando que a hipótese não era baseada em evidências, e lançando dúvidas sobre a qualidade das experiências referenciadas por Wickramasinghe em sua carta.[92][93][94] Uma nota numa enciclopédia da área médica de 2008 cita que "Como outras reivindicações que ligam doenças terrestres a patógenos extraterrestres, esta proposta foi rejeitada pela maioria da comunidade pesquisadora".[90]

Referências
90. Joseph Patrick Byrne (2008). Encyclopedia of Pestilence, Pandemics, and Plagues (entry on Panspermia). ABC-CLIO. pp. 454–455. ISBN 978-0-313-34102-1.
91. Wickramasinghe, C; Wainwright, M; Narlikar, J (May 24, 2003). "SARS—a clue to its origins?". Lancet 361 (9371): 1832.doi:10.1016/S0140-6736(03)13440-X. PMID 12781581.
92. Willerslev, E; Hansen, AJ; Rønn, R; Nielsen, OJ (Aug 2, 2003). "Panspermia--true or false?". Lancet 362 (9381): 406; author reply 407–8. doi:10.1016/S0140-6736(03)14039-1.PMID 12907025.
93. Bhargava, PM (Aug 2, 2003). "Panspermia--true or false?".Lancet 362 (9381): 407; author reply 407–8. doi:10.1016/S0140-6736(03)14041-X. PMID 12907028.
94. Ponce de Leon, S; Lazcano, A (Aug 2, 2003). "Panspermia--true or false?". Lancet 362 (9381): 406–7; author reply 407–8.PMID 12907026.

A bactéria de Hoyle
Em 2005, um experimento aperfeiçoado em relação a outro de 2001 foi conduzido pelo ISRO (Organização Indiana de Pesquisa Espacial). Em 10 de abril de 2005 amostras de ar foram coletadas de seis lugares, em diferentes altitudes da Terra, que variavam de 20 km a mais de 40 km. As amostras foram testadas em dois laboratórios na Índia. Os laboratórios encontrados 12 bactérias e seis espécies de fungos diferentes nestas amostras. Os fungos foram identificados como Penicillium decumbens, Cladosporium cladosporioides, Alternaria sp. e Tilletiopsis albescens. Das 12 amostras bacterianas, três foram identificados como novas espécies e nomeadas Janibacter hoyeli.sp.nov (em homenagem a Fred Hoyle), Bacillus isronensis.sp.nov (nomeada referindo-se a ISRO) e Bacillus aryabhati (em homenagem ao antigo matemático indiano Aryabhata). Estas três novas espécies mostraram que eram mais resistentes à radiação UV do que as bactérias semelhantes de amostragem atmosférica realizada pela NASA em 2010,,[106][107] antes e depois de furacões, recolhendo 314 tipos diferentes de bactérias. O estudo sugere que a convecção em grande escala durante tempestades tropicais e furacões pode transportar esse material da superfície para altitudes mais elevadas na atmosfera.[108][109]



Referências

106. Janibacter hoylei sp. nov., Bacillus isronensis sp. nov. andBacillus aryabhattai sp. nov., isolated from cryotubes used for collecting air from upper atmosphere. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology 2009. - ijs.sgmjournals.org
108. "Lofted by hurricanes, bacteria live the high life". NASA (Earth Magazine). May 5, 2013. Retrieved 2013-09-21.
109 "High-flying bacteria spark interest in possible climate effects". Nature News. 28 January 2013. Retrieved 2013-09-21.

A promissora Titã
(pelo menos, para polimerizações naturalmente conduzidas)


Inicialmente, destaco no artigo da Wiki:
Em junho de 2010, os cientistas analisaram dados da missão Cassini-Huygens relatando anomalias na atmosfera perto da superfície que poderiam ser consistentes com a presença de organismos produtores de metano, mas podem, alternativamente, serem devidas a processos químicos não-vivos ou meteorológicos.[6]



Formação de moléculas complexas

Ainda que a missão Cassini-Huygens não estivesse equipada para fornecer evidências para bioassinaturas ou compostos orgânicos complexos, mostrou um ambiente em Titã que é semelhante, em alguns aspectos, para os teorizados para a Terra primordial.[13] Os cientistas pensam que a atmosfera primordial da Terra tenha sido semelhante em composição à atmosfera atual em Titã, com a importante exceção de uma falta de vapor de água em Titã.[14]

O experimento de Miller-Urey e várias experiências seguintes mostraram que, com uma atmosfera semelhante a de Titã e a ação de radiação UV, as moléculas complexas e substâncias poliméricas como parafinas podem ser geradas. A reação inicia-se com a dissociação de nitrogênio e metano, formando o cianeto de hidrogênio e acetileno. Outras reações têm sido estudados extensivamente.[15]

Em outubro de 2010, Sarah Horst, da Universidade do Arizona relatou a descoberta dos cinco blocos de construção de bases de nucleotídeos do DNA e RNA-entre os muitos compostos produzidos quando a energia foi aplicada a uma combinação de gases, como aqueles na atmosfera de Titã. Horst também descobriu aminoácidos, os blocos de construção das proteínas. Ela afirmou que era a primeira vez que bases nucleotídeos e aminoácidos tinham sido encontradas em tal experiência, sem água líquida estar presente.[16]
Em abril de 2013, a NASA informou que as substâncias orgânicos complexas podem surgir em Titã com base em estudos que simulam sua atmosfera.[17]
Em junho de 2013, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAP) foram detectados na atmosfera superior de Titã.[18]

Referências
6. Chris McKay (2010). "Have We Discovered Evidence For Life On Titan". SpaceDaily. Retrieved 2010-06-10.

13. Raulin, F. (2005). "Exo-astrobiological aspects of Europa and Titan: From observations to speculations". Space Science Review 116 (1–2): 471–487. Bibcode:2005SSRv..116..471R.doi:10.1007/s11214-005-1967-x.

14. Staff (October 4, 2010). "Lakes on Saturn's Moon Titan Filled With Liquid Hydrocarbons Like Ethane and Methane, Not Water". ScienceDaily. Retrieved 2010-10-05.

15. Raulin F., Owen T. (2002). "Organic chemistry and exobiology on Titan". Space Science Review 104(1–2): 377–394. Bibcode:2002SSRv..104..377R. doi:10.1023/A:1023636623006.

16. Staff (October 8, 2010). "Titan's haze may hold ingredients for life". Astronomy. Retrieved 2010-10-14.

17. Staff (April 3, 2013). "NASA team investigates complex chemistry at Titan". Phys.Org. Retrieved April 11, 2013.

18. López-Puertas, Manuel (June 6, 2013). "PAH's in Titan's Upper Atmosphere". CSIC. Retrieved June 6, 2013.



Dois artigos de Arrhenius sobre o tema

Arrhenius, S. "The Propagation of Life in Space," Die Umschau, 7, 481 (1903). Reprinted in Donald Goldsmith, ed., The Quest for Extraterrestrial Life, q.v.

Arrhenius, S. "Panspermy: The Transmission of Life from Star to Star," Scientific American, 196, 196 (1907).

De
www.daviddarling.info, do qual destaco a passagem, levemente adaptada:
“Ele também fez um trabalho sobre as taxas de reação e bioquímica, e foi o primeiro a apresentar uma hipótese científica detalhada de panspermia. Nesta, ele argumentou que a vida chegou à Terra na forma de esporos microscópicos que tinham sido movidos através do espaço interestelar pela pressão da radiação da luz de estrelas. Seu artigo seminal de 1903 paper sobre o assunto foi em resposta a "o fracasso das tentativas repetidas feitas por biólogos eminentes de descobrir um único caso de geração espontânea da vida". Na sua forma completamente desenvolvida, a hipótese de Arrhenius atingiu um público amplo através de seu livro Worlds in the Making (1908), publicado pela primeira vez como Varldarnas utveckling (Mundos em Desenvolvimento) na Suécia, em 1906.



Notas
1.Exogênesis

Exogênesis ("origem fora") é uma hipótese que propõe que a vida na Terra foi transferida de outras partes do Universo. Panspermia é semelhante, mas que coloca como hipótese que sementes ("Sperma") da vida estão em geral em todo o Universo.

Esta é uma solução possível para a “primeira causa” dos criacionistas: natural, ao invés de origem dado por Deus. No entanto, apenas empurra o problema um passo para trás, pois agora devemos perguntar de onde tais sementes vieram.

Subnota
Cientistas do Imperial College, de Londres, confirmaram pela primeira vez que os componentes importantes do material genético primordial, incluindo uracila e xantina, encontrados em fragmentos de meteoritos são de origem extraterrestre.

Recomendamos:  Martins’ and Sephton’s Alien Origins - www3.imperial.ac.uk



Leitura recomendada

Caleb Scharf; Paradoxo da Panspermia - www2.uol.com.br

Disponível no meu Google Drive em: docs.google.com

“Em tratando-se de informação, o que abunda não falta.” - Minha frase cacofótica preferida, que nunca revelou-se um erro.

O meu modesto e utilíssimo texto Vida, um produto do universo, não um milagre

Deep Space Capable of Creating Linked Pairs of Amino Acids --Essential Building Blocks of Life - www.dailygalaxy.com

The National Radio Astronomy Observatory - Discoveries Suggest Icy Cosmic Start for Amino Acids and DNA Ingredients - www.nrao.edu

DNA and amino-acid precursor molecules discovered in interstellar space - www.kurzweilai.net

Imagem que vale a pena copiar:

Amino acid detected in space - physicsworld.com

Maggie McKee; Found: first amino acid on a comet - www.newscientist.com

‘Ultimate’ Prebiotic Molecules Found in Interstellar Space - www.universetoday.com

E para coroar esta listagem, com questões de enantiosseletividade:

Did Asteroid Impacts Spark Life's 'Left-Handed' Molecules? - www.space.com